terça-feira, 28 de setembro de 2010

Cildo Meireles


O artista que escolhemos para analisar uma instalação no Inhotim na quinta foi o Cildo Meireles. Ele é carioca e nasceu em 1948, estudou em Brasília e começou sua carreira fazendo desenhos inspirados em máscaras e esculturas africanas. Estudou também na Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, onde criou a série Espaços Virtuais: Cantos, com 44 projetos, em que explora questões de espaço, e Volumes Virtuais e Ocupações de 1968 e 1969. Em Nova York trabalhou com o projeto Eureka/Blindhotland, LP Sal sem Carne (gravado em 1975) e na série Inserções em Circuitos Antropológicos.

As obras seguintes revelam um caráter político do artista: Tiradentes - Totem-monumento ao Preso Político (1970) - que se refere à ditadura militar, Inserções em Circuitos Ideológicos: Projeto Coca-cola (1970) e Quem Matou Herzog? (1970).

Inserções em circuitos ideológicos: Projeto Coca-Cola
Cildo Meireles está inserido na arte neoconcretista (início dos anos 60) e também na arte conceitual, desde Duchamp na década de 60, com performances e instalações. O Neoconcretismo foi um movimento que rompeu em diversos aspectos com os paradigmas da arte, de acordo com Cildo "O que me atraiu no neoconcretismo foi a possibilidade de pensar sobre arte em termos que não se limitassem os visual.". Suas obras exploram os limites da representação, usando materias simples do cotidiano, mas que tem valor simbólico, e que envolvem a percepção e os sentidos do receptor. Elas têm caráter social, político, cultural,  estético, etc.

É um dos fundadores da Unidade Experimental do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ, em 1969, na qual leciona até 1970, é o primeiro brasileiro a expor no Tate Modern, em Londres e o primeiro a receber o prêmio Velázquez de artes plásticas.

Alguns trechos da entrevista de Cildo ao Cineclick:

“Sempre achei que as artes plásticas não tinham de abdicar da tentativa de sedução, de tentar mesmo te envolver e te ganhar. Sempre, claro, respeitando sua liberdade de sair a hora que quisesse. Afinal, não precisa ficar três horas pra compreender uma instalação"
 “A arte conceitual é muito respeitosa em relação ao tempo, mas, por outro lado, aos poucos tornou-se muito árida, fundada em palavras. Houve uma época em que se alguém fosse a uma exposição, passaria lendo por horas, e pior, lendo texto de artista plástico, que colocava ali todas as suas frustrações literárias”.




Proximo passo: Ver de pertinho no Inhotim quinta!


Fonte:
www.cineclick.uol.com.br
www.itaucultural.org.br
www.inhotim.org.br
www.wikipedia.org.br

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